
Sexta-feira.
Cidade agitada.
Pessoas saindo para aproveitar a noite, outras voltando de seus trabalhos.
Lojas e restaurantes abarrotados de gente ansiosa para aproveitar seu merecido descanso depois de uma semana repleta de trabalho.
Sandra já está em casa, tentando organizar a bagunça de seu pequeno apartamento, já que não teve tempo de fazer muita coisa em casa devido ao intenso ritmo de trabalho.
Apesar de ser quase onze horas da noite, Sandra tem ainda muita coisa que preparar e ajeitar até poder ficar livre e sair para encontrar seus amigos.
O fim de semana promete alegria e diversão e ela não pode ficar alheia a isso.
Repentinamente, a luz e os demais utensílios desligam-se.
As luzes da cidade, vistas do apartamento de Sandra, também apagam-se.
O apagão toma conta da cidade.
Desnorteada e surpresa com aquela situação, Sandra tenta acender a luz de seu celular, porém, este também resolveu apagar. Escuridão total.
Um odor adocicado seguido de passos lentos, arrastados, tomam conta do ambiente.
Sandra fica em alerta. Pergunta quem está ali.
Os passos aproximam-se cada vez mais e ela pode sentir que algo ou alguém está muito perto.
Sandra pergunta outra vez quem está ali e o que quer.
A voz, rouca, parecida vinda de um lugar muito distante, responde com dificuldade:
“ Eu sempre estive por aqui. Você nunca me notou. Saí de onde ninguém volta e irei para onde ninguém quer ir. Você vai comigo, querendo ou não. Vim te buscar. “

